Nova droga mata o vírus da gripe em 24 horas

A temporada de gripe deste ano é a mais severa já vista em muitos anos. No futuro, poderemos ser capazes de evitar que o vírus se espalhe de pessoa a pessoa usando um medicamento que age rapidamente.

Tem se falado que a temporada de gripe deste ano está sendo a mais espalhada já registrada, causando mais de 17.000 hospitalizações desde outubro de 2017, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). Agora, uma fabricante de remédios japonesa alega ter desenvolvido uma pílula capaz de matar o vírus em apenas um dia.

Pacientes americanos e japoneses que fizeram parte dos testes feitos recentemente da pílula da Shionogi & Co parecem ter eliminado o vírus de seus corpos em cerca de 24 horas. A título de comparação, o popular Tamiflu, produzido pelo grupo Roche, costuma levar três vezes mais tempo.

O composto da Shionogi e o Tamiflu levam por volta do mesmo tempo para conter os sintomas da gripe, mas o novo remédio fornece alívio mais rapidamente. Além disso, segundo seus criadores, é necessária apenas uma dose para ser eficaz, ao passo que o Tamiflu deve ser tomado duas vezes ao dia, por 5 dias.

A empresa japonesa usou seu remédio anti-HIV de base para produzir uma droga diferente das outras medicações contra a gripe. O vírus age sequestrando células humanas e forçando-as a produzir material viral ao invés de proteínas, o que normalmente espalharia o vírus pelo corpo.

Enquanto tratamentos atualmente disponíveis impeçam o vírus de sair da célula infectada e se espalhar, o método da Shionogi evita que o material viral seja até mesmo produzido.

Pesquisas de métodos para lutar contra o vírus influenza normalmente se concentram em melhorar as vacinas existentes ao invés de desenvolver novos tratamentos. No entanto, este projeto poderia ser um passo chave na luta contra a gripe, já que que matar o vírus o mais rápido possível poderia reduzir o risco de indivíduos infectados espalharem a doença.

De acordo com o Wall Street Journal, a Shionogi diz que as autoridades regulatórias de drogas no Japão estão agilizando a aprovação do medicamento, e a empresa poderia ter permissão para seguir adiante ainda em março deste ano. Uma inscrição para aprovação nos EUA será feita no meio do ano, embora uma resposta não seja esperada até 2019.

Traduzido do site Futurism.

Nova inteligência artificial controversa poderia identificar suicidas

Cientistas alegam que o mapeamento cerebral poderia ser uma ferramenta vital na prevenção contra o suicídio, graças a uma nova pesquisa que sugere que o aprendizado de máquinas poderia identificar aqueles em risco de tirar a própria vida.

Quase 800.000 pessoas morrem por suicídio a cada ano, e a não ser que avisem antes aos amigos, família ou a um terapeuta, essas mortes são muito difíceis de se prever – embora pesquisadores digam que sinais biológicos existem, submersos nos padrões ocultos da atividade cerebral.

“Nosso último trabalho é único no sentido de que identifica alterações conceituais que estão associadas à ideia do suicídio e ao comportamento,” explica o psicólogo Marcel Just, da Universidade Carnegie Mellon.

“Isso nos abre uma janela para o cérebro e para a mente, iluminando a forma como indivíduos suicidas pensam no suicídio e nos conceitos relacionados às suas emoções.”

À esquerda, os que tentam suicídio. À direita, pessoas comuns. Créditos: CMU

Em pesquisas anteriores, Just e sua equipe usaram modelos computacionais para mapear como o cérebro processa pensamentos complexos, sejam estes coisas como conceitos científicos ou combinações embaralhadas de ideias que representam a ação humana.

Agora, os pesquisadores usaram as mesmas técnicas para tentar isolar como as tendências suicidas podem se parecer na atividade elétrica do cérebro, procurando por assinaturas neurais que indicam respostas emocionais como tristeza, vergonha, raiva e orgulho.

Os pesquisadores recrutaram 34 jovens – 17 pacientes com tendências suicidas (com cerca de metade já tendo tentado se matar anteriormente) com 17 pessoas neurotípicas – e fez os participantes passaram pelo mapeamento cerebral em uma máquina de ultrassom.

Durante os mapeamentos, apresentaram aos indivíduos 10 palavras relacionadas ao suicídio (como ‘desespero,’ ‘desesperança’ e ‘sem vida’) junto com 10 palavras positivas (como ‘sem preocupações’) e 10 negativas (como ‘problema’).

Da atividade cerebral registrada e respostas emocionais que indicaram, os pesquisadores isolaram seis termos – ‘morte,’ ‘crueldade,’ ‘problema,’ ‘sem preocupações,’ ‘bom’ e ‘elogio’ – e cinco áreas do cérebro que mais claramente distinguiam os que pensavam em suicídio dos que tinham a atividade cerebral padrão.

Usando este subconjunto dos dados, um algoritmo de aprendizado por máquina que estudou as respostas cerebrais pôde identificar pacientes suicidas e padrão corretamente 91% das vezes: reconheceu 15 dos 17 pacientes como parte do grupo suicida e 16 dos 17 indivíduos saudáveis como parte do grupo padrão.

Em um experimento separado, onde o algoritmo foi treinado exclusivamente sobre os 17 participantes do grupo suicida, o software foi capaz de distinguir entre pacientes que já tentaram o suicídio e os que não tentaram, acertando em 94% dos casos.

A equipe percebeu que as respostas aos termos ‘morte,’ ‘sem vida’ e ‘sem preocupações’, em especial, foram as mais precisas.

“Mais testes com essa abordagem e um número maior de pessoas determinará sua validade e habilidade em prever comportamentos suicidas futuros, e isso poderia dar aos profissionais do futuro uma forma de identificar, monitorar e talvez intervir no pensamento alterado e frequentemente distorcido que muitas vezes caracteriza indivíduos seriamente suicidas,” diz o pesquisador-sênior David Brent, da Universidade de Pittsburgh.

 

Mas quanto ao discurso de aplicações intervencionistas, outros especialistas têm dúvidas consideráveis.

Além do pequeno grupo de participantes examinados no estudo – cujos pesquisadores admitem ser uma limitação da credibilidade do estudo até agora – faltas tecnológicas com esse tipo de teste poderiam impedir que ele identifique de forma prática aqueles em risco de tirar a própria vida.

“Há muitos desafios para usar esse método rotineiramente no sistema de saúde,” diz o pesquisador de mapeamento médico Derek Hill, da University College Londres.

“O tipo de escaneamento funcional do cérebro que os pesquisadores usaram só está disponível em instituições avançadas de pesquisa, e necessita de pacientes cooperativos, então não seria algo amplamente disponível para pacientes mentais no futuro próximo.”

Quanto à ilustração de como o pensamento suicida pode ser identificado por padrões discretos da atividade cerebral, críticos aceitam um pouco mais – até certo ponto.

“Sem dúvidas, há uma base biológica para alguém que vai cometer suicídio,” diz o neurocientista Blake Richards, da Universidade de Toronto, ao The Verge.

“Há uma base biológica para todos os aspectos da nossa vida mental, mas a questão é se a base biológica para essas coisas são acessíveis o suficiente pelo ultrassom para realmente desenvolver-se um teste confiável que pudesse ser usado em uma situação clínica.”

Para enfrentar esses tipos de problemas, a equipe agora está pesquisando se participantes utilizando sensores de eletroencefalografia (EEG) possuem atividades cerebrais similarmente identificáveis – usando equipamentos de monitoramento muito menores e muito mais portáteis, além de muito mais baratos que máquinas de ultrassom.

Até que futuras pesquisas sejam conduzidas, não saberemos o quão eficiente este caminho será, mas uma coisa é certa – é pesquisa importante, e quando se trata de salvar vidas do suicídio, precisamos de toda ajuda possível.

Os resultados da pesquisa estão na revista Nature Human Behavior.

Se esse texto causou preocupações ou caso você precise falar com alguém, ligue para 141 e converse com um profissional. Estão lá para te ajudar.

Texto traduzido do site Futurism.
Reportagem original do site Science Alert.

Aceitação dos LGBT cai nos EUA, segundo nova edição de estudo

O relatório anual “Acelerando a Aceitação”, feito pelo GLAAD, mostra uma queda alarmante da aceitação dos LGBT.

Um novo estudo indicou uma queda alarmante na aceitação dos LGBT nos Estados Unidos.

A GLAAD anunciou seu quarto relatório anual, chamado “Acelerando a Aceitação, ontem (25/01), relevando o declínio da aceitação desde 2016.

O relatório questionou mais de 2.000 adultos, 1.897 dos quais heterossexuais, pela internet entre 16 e 20 de novembro de 2017.

De acordo com o estudo, houve um aumento na quantidade de americanos que se sentem “muito” ou “relativamente” desconfortáveis em várias situações com pessoas LGBT.

O relatório revelou que 30% dos adultos questionados disseram que se sentiriam “desconfortáveis” se descobrissem que um parente é LGBT, uma alta de 3% de 2016.

Enquanto isso, 31% ficariam desconfortáveis se seus filhos fossem ensinados por alguém LGBT, e outros 31% ficariam desconfortáveis com um médico LGBT.

Os resultados mostraram que 27% ficariam desconfortáveis vendo a foto de casamento de um colega de trabalho LGBT, e 37% disseram que não gostariam de descobrir que seus filhos tiveram uma aula sobre a história dos LGBT na escola.

O relatório também revelou que 55% dos adultos LGBT já sofreram alguma discriminação por conta da orientação sexual ou identidade de gênero, uma alta de 11% do ano passado.

O GLAAD frisou que essa não foi a primeira vez que o relatório apresentou queda na aceitação dos LGBT.

Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD, disse: “Por décadas, ao passo que mais e mais pessoas LGBTQ saíram do armário, se tornaram visíveis, e surgiram com todos os estilos de vida, pessoas heterossexuais se tornaram mais confortáveis.”

“Neste ano, mias adultos heterossexuais nos EUA relataram se sentir desconfortáveis sabendo que um parente, médico ou professor próximos são LGBT. No entanto, 79% dos adultos heterossexuais americanos continuam a concordar com a frase ‘Eu apoio direitos iguais para a comunidade LGBT.'”

Ela também diz: “Pessoas LGBTQ e aliados serem visíveis e vocais não só farão acabar esse retrocesso, como também levarão adiante a marcha pela aceitação em todos os cantos do mundo.”

O relatório saiu dias depois de um estudo apontar que 600.000 LGBTs americanos passaram por terapia de conversão durante a juventude, e um estudo da Coalização Nacional de Programas Anti-violência também apontar que houve uma alta enorme no número de homicídios contra LGBT+ no último ano.

Vacina para o HIV será testada em milhares de pessoas

Resumo:

Dois grandes testes contra o HIV foram lançados na África. Um é para testar uma nova vacina da Johnson & Johnson, enquanto a outra é para uma droga injetável da ViiV Healthcare criada para tratar o HIV.

Tratando e prevenindo o HIV

Mais de 70 milhões de pessoas foram diagnosticadas com HIV desde o início dos anos 80, e o vírus já tomou a vida de mais de 35 milhões. Alguns podem argumentar que o pior já passou, mas o HIV ainda é uma sentença de morte para muitas pessoas ao redor do mundo. Até que nós encontremos uma cura ou, no mínimo, um tratamento melhor e opções de prevenção da doença, ela continuará ceifando vidas.

Agora, dois novos estudos sendo lançados na África — onde a HIV/AIDS já foi a maior causa de morte — podem resultar no avanço que precisamos.

A Johnson & Johnson colaborou com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA e com a Fundação Bill & Melinda Gates em uma vacina que combina dois compostos e será testada em 2.600 mulheres do sul da África nos próximos três anos. A primeira dose da vacina contra o HIV fortalece o sistema imune, ao passo que a segunda impulsiona a resposta do corpo. A vacina combina proteínas de diversas variações do HIV para criar um “mosaico” que irá, com sorte, ser capaz de prevenir a infecção por qualquer variação do vírus.

“Estamos progredindo,” diz Paul Stoffels, Diretor Científico da J&J, à Reuters, antes de explicar que espera que sua vacina contra o HIV possa atingir sucesso acima de 50%. “Esta é a meta,” diz Stoffels. “Com sorte, iremos além.”

Em novembro de 2016, outro teste de uma vacina contra o HIV, HVTN 702, foi lançado na África do Sul, e de acordo com a Reuters, esta é a primeira vez em mais de uma década que duas vacinas contra o HIV são testadas simultaneamente.

Além do estudo da vacina da J&J, um teste da ViiV Healthcare também foi lançado na África sub-saariana. O estudo envolverá 3.200 mulheres, que receberão injeções da droga experimental cabotegravir da ViiV a cada dois meses para testar sua eficácia no tratamento do HIV. A iniciativa da ViiV também está recebendo fundos do NIH e da Fundação de Gates, e espera-se que seja concluída em maio de 2022.

Desenvolvimentos promissores

Cientistas e pesquisadores têm feito progresso firme nos tratamentos do HIV, com 2017 tendo mostrado a maior promessa até agora.

No ano passado, cientistas do Instituto de Pesquisa Scripps descobriram uma “cura funcional” que foi testada com sucesso em ratos, enquanto o NIH conduziu um estudo com um anticorpo que pode matar 99% das variações do HIV. Uma droga usada para tratar o câncer poderia se tornar o novo tratatamento da doença, e a edição de genes pelo CRISPR tem sido usada para aumentar a resistência contra o HIV em animais.

Kristen Lanphear, gerente nas Iniciativas de Saúde Comunitárias na Trillium Health, disse que estes dois novos estudos africanos são significativos porque “um grama de prevenção vale um quilo da cura.” Cada novo método de prevenir infecções por HIV poderia resultar em milhões de pessoas vivendo vidas normais e saudáveis.

“Ambos estes desenvolvimentos são potenciais novas ferramentas muito animadoras na caixa da prevenção,” disse Lanphear. “Embora a cura continue apenas uma possibilidade, a prevenção é uma forma alcançável de realmente acabar com a epidemia do HIV. Quanto mais ferramentas tivermos para usar, mais rápido chegaremos a esta meta.”

O HIV é imprevisível — o vírus não afeta a todos da mesma forma, pode se tornar resistente a drogas anteriormente eficazes, e o que funciona contra uma variação pode não funcionar contra a outra. Adicionalmente, muitos tratamentos existentes devem ser usados continuamente para serem eficazes. Felizmente, Lanphear prevê que a vacina da J&J e a droga da ViiV têm potencial para evitar alguns destes problemas.

“Nenhuma ferramenta isolada será o suficiente para fazer o trabalho, porque nenhuma ferramenta funciona para toda pessoa e todo país,” disse Lanphear. “Ambos estes desenvolvimentos tiram um pouco da variabilidade da equação – confiam menos em ação contínua (tomar uma medicação diária ou usar camisinhas consistentemente, por exemplo) e permitem um comprometimento episódico ou de só uma vez pela saúde.”

Ambos os testes, da vacina contra o HIV e o de tratamento, só estão começando, então não saberemos por algum tempo qual a viabilidade. Ainda assim, valerão a espera se puderem salvar vidas e nos ajudar a acabar com o HIV de uma vez por todas.

Traduzido do site Futurism com fontes da Reuters e do CDC.

Pesquisadores cingapurianos criaram a primeira bebida do mundo feita de TOFU

Se está procurando por algo diferente dos golinhos de fim de semana, que tal uma bebidinha feita de tofu?

Soa completamente bizarro, mas pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura (NUS) criaram a primeira bebida alcoólica feita a partir de soro de tofu.

De jeito nenhum? Ah, mas é isso mesmo – e foi tudo graças à popularidade do tofu na cultura asiática e as grandes quantidades de soro que são perdidos no processo de fabricação do tofu.

O Professor Associado Liu Shao Quan (direita) e o doutorando Chua Jian Yong (esquerda) tornaram com sucesso o soro de tofu em uma gostosa bebida alcoólica que chamaram de Sachi. Fonte: Universidade Nacional da Cingapura

Quando descartado como lixo sem tratamento, o soro contribui para a poluição do meio ambiente, já que a proteína e os açúcares solúveis presentes nele contribuem para a desoxigenação de vias hídricas.

Foi o suficiente para motivar o Professor Associado Liu Shao Quan e o estudante de doutorado Chua Jian Yong a fazerem algo a respeito disso.

E também parece bem nojento (veja abaixo).

Créditos: Aqilah Allaudeen / Business Insider

Os pesquisadores da NUS usaram uma abordagem de desperdício zero para converter o subproduto do tofu em uma bebida alcoólica Made in Singapore chamada “Sachi”, o que significaria “êxtase”.

Durante uma visita da mídia ao laboratório da NUS, o sr. Chua disse ao Business Insider que usou um nome inspirado no japonês por conta da popularidade da cultura japonesa entre cingapurianos. Também, pela bebida ter um perfil próximo do saquê, ele achou apropriado.

Chua diz: “Muito poucas pesquisas foram feitas para transformar o soro de tofu em comida palatável e bebidas.”

“Já trabalhei com a fermentação do álcool durante minha graduação na NUS, então decidi encarar o desafio de produzir uma bebida alcoólica usando o soro. A bebida acabou saindo gostosa, o que foi uma surpresa agradável,” finaliza o sr. Chua.

Quando lhes foram oferecidos uma amostra, os jornalistas presentes concordaram, com muitos descrevendo a bebida como “frutosa” e “parecida com vinho ou saquê.”

Todo o processo, da manufatura do tofu à transformação dele em Sachi, leva aproximadamente três semanas. Ele envolve refogar e triturar grãos de soja para fazer leite de soja, para depois coagular e formar o tofu.

Durante o processo de coagulação, o soro de tofu é formado.

Primeiro os grãos são refogados, e depois triturados (quando okara, um subproduto, é formado), por último acontece a coagulação (quando o soro de tofu é produzido). Créditos da foto: Business Insider / Aqilah Allaudeen

Depois de coletar o soro de tofu, ele passa por um processo de pré-tratamento (quando açúcar e ácido são adicionados e o líquido é pasteurizado) seguido da fermentação e armazenamento.

Ainda assim, há trabalho a ser feito.

Como a vida útil do Sachi é de somente 4 meses em refrigeração, os pesquisadores estão trabalhando para aumentar esse tempo para seis a nove meses em temperatura ambiente.

Também estão procurando parceiros na indústria para que forneçam soro de tofu e ajudem no processo, para que não tenham que levar a fabricação por conta própria.

Achar um fornecedor disposto tem sido um ponto chave, já que muitos dos fabricantes de tofu na Cingapura têm certificação halal (NT: Comportamentos e regras de consumo do islã) e não podem produzir bebidas alcoólicas em suas instalações.

Ainda assim, os pesquisadores continuam otimistas no desenvolvimento do Sachi e dos benefícios na saúde que ele provê.

O Professor Associado Liu disse: “É a única bebida alcoólica com isoflavones, que contribuem para benefícios na saúde como integridade óssea, saúde do coração e prevenção contra câncer.”

Então, caso isso chegue aos bares ou prateleiras dos supermercados, pode beber – faz bem para você.

Traduzido do site BusinessInsider.

Molécula sintética poderia resolver o problema de superbactérias

Resumo:

Na luta contra superbactérias, pesquisadores descobriram uma forma de prevenir que genes que carregam resistência a antibióticos se espalhem. A equipe já está trabalhando em desenvolver inibidores para serem usados em um cenário clínico.

Prevenção da transferência

A resistência a antibióticos em bactérias, que inclui tanto as comuns quanto as chamadas superbactérias, é um problema sério e mundialmente conhecido. Na verdade, a Organização das Nações Unidas elevaram a questão a nível crítico há quase um ano, e a Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que o problema está se agravando rapidamente.

Há inúmeras possíveis respostas à resistência a antibióticos, e pesquisadores da Universidade de Montreal (UdeM) no Canadá podem ter encontrado mais uma solução em potencial. Em um estudo publicado na revista Scientific Reports no início de Novembro, essa equipe de pesquisadores do departamento de Bioquímica e Medicina Molecular da UdeM exploraram um método que poderia bloquear a transferência de genes resistentes aos antibióticos.

Os pesquisadores focaram em impedir um mecanismo que permite que genes resistentes a antibióticos sejam codificados nos plasmídeos — fragmentos de DNA que podem carregar genes que codificam as proteínas que tornam a bactéria resistente. Concretamente, encontraram os pontos de ligação exatos para essas proteínas, que são essenciais na transferência de plasmídeos. Isso permitiu que eles desenvolvessem moléculas químicas mais potentes que reduzem a transferência de plasmídeos carregando genes resistentes aos antibióticos.

“A ideia é ser capaz de encontrar o ‘ponto fraco’ em uma proteína, torná-lo alvo e ‘cutucá-lo’ para que a proteína não possa funcionar,” diz Christian Baron, vice-reitor da área de pesquisa e desenvolvimento da faculdade de Medicina da UdeM, em um comunicado de imprensa. “Outros plasmídeos têm proteínas parecidas, alguns tem proteínas diferentes, mas acho que o valor do nosso estudo no TraE é que, sabendo a estrutura molecular dessas proteínas, podemos criar métodos para impedir seu funcionamento.”

Uma proteína mortal

Os efeitos de bactérias resistentes a antibióticos são bem auto-explicativos. Antibióticos continuam sendo uma peça vital da medicina moderna, e quando se tornarem ineficazes, o que nos restará serão superbactérias causadoras de doenças que são muito mais difíceis de tratar e controlar. Antibióticos também são usados como tratamento profilático durante cirurgias e terapias contra o câncer.

De acordo com um relatório de uma comissão especial criada no Reino Unido em 2014 e chamada Revisão da Resistência Antimicrobial, bactérias resistentes à remédios poderiam ceifar a vida de cerca de 10 milhões de pessoas até 2050. Não é muito difícil imaginar, já que bactérias resistentes aos antibióticos infectam 2 milhões de pessoas por ano somente nos EUA, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), e ao menos 23.000 desses casos são fatais. Adicionalmente, a OMS relata que há cerca de 480.000 casos de tuberculose com resistência a múltiplas drogas no mundo a cada ano.

Em resumo, a resistência a antibióticos é um problema que precisamos resolver o mais cedo possível, começando por agora. Felizmente, há diversos grupos trabalhando nessa questão, e com uma variedade de estratégias. Alguns estão usando a edição genética do CRISPR para desenvolver nanorrobôs sintéticos que focam especificamente em bactérias resistentes, e há esforços sendo feitos para criar “super-enzimas” que batalhem com as superbactérias. Enquanto isso outras pessoas, como os pesquisadores da UdeM, estão focados em compreender melhor o funcionamento das bactérias para desenvolver métodos que as deixem mais suscetíveis aos antibióticos.

O CDC já investiu mais de US$ 14 milhões (R$ 45 milhões) para financiar pesquisas sobre a resistência a antibióticos, e em breve devemos ver esses esforços se tornando frutíferos. Isso levará tempo, obviamente, mas poderia ajudar a acelerar o passo da criação de novos remédios. Como Baron disse, “as pessoas devem ter esperança. A ciência trará novas ideias e novas soluções para este problema. Há uma grande mobilização acontecendo no mundo agora a respeito dessa questão. Não diria que me sinto a salvo, mas é nítido que estamos tendo progresso.”

Traduzido do site Futurism.

Maçãs que não escurecem estão chegando!

Resumo:

Neste mês, a “maçã ártica” da empresa Okanagan Specialty Fruits será disponibilizada por todo o centro-oeste americano. A fruta foi modificada geneticamente para que a polpa não escureça quando exposta ao ar.

Carne fresca

No fim desse mês, a Okanagan Specialty Fruits começará a vender suas “maçãs árticas” por todo o centro-oeste americano. A fruta será vendida cortada, já que foi modificada geneticamente para que não escureça quando exposta ao ar.

A maçã geneticamente modificada foi possibilitada por pesquisas feitas pela Organização da Comunidade Anglófona de Pesquisas Científicas e Industriais na Austrália. Cientistas descobriram uma forma de prevenir o processo de escurecimento apagando o gene que codifica a enzima responsável. A Okanagan suprime essa enzima para preservar a frescura da fruta por tempo indefinido.

 

A empresa produz sua maçã ártica em três variedades diferentes: Vovó Smith, Dourada Deliciosa, e Fuji. A Okanagan vai começar a abastercer 400 lojas nos EUA com sacos de cortes de maçã nas próximas semanas.

Uma maçã por dia

Muitos exemplos de comida geneticamente modificada beneficiam o produtor ao invés do consumidor, mas a maçã ártica ignora essa tendência. Há esperanças de que se a novidade der certo, pode abrir caminho para outros produtos.

Modificações genéticas podem oferecer várias formas de melhorar a comida, seja com um aumento no valor nutricional do milho à redução da quantidade de gordura na carne de porco. No entanto, pode ser difícil que esses produtos sejam aprovados por autoridades como o FDA, e ainda mais difícil de darem certo com os consumidores.

A maçã ártica recebeu algumas críticas pelo fato de que a embalagem não diz claramente que a fruta foi geneticamente modificada. Ao invés disso, há um código QR que dá acesso a maiores informações.

Mesmo apesar dos benefícios de alimentos geneticamente modificados, muitos consumidores ainda estão reticentes em realmente introduzi-los em suas dietas. As vantagens práticas de uma maçã que não escurece pode convencer as pessoas a por o pé na água.

Texto traduzido do site Futurism.

Vacina universal da gripe poderia focar na "haste" do vírus

Cientistas estão trabalhando para fazer as vacinas anuais da gripe se tornarem coisa do passado, com uma vacina universal que nos protegeria da maioria das variações sazonais e pandêmicas.

Uma das estratégias mais promissoras — criar uma vacina que foca na “haste” da proteína que cobre o vírus da gripe — é muito forte, mas não é completamente infalível.

O vírus da gripe resulta em cerca de 1 bilhão de infecções, de 3 a 5 milhões de casos graves e de 300.000 a 500.000 mortes anualmente.

A proteína hemaglutinina, que cobre a parte externa do vírus da gripe, parece um pouco com uma flor. Ela tem uma haste e uma cabeça (imagine pétalas). Vacinas atuais miram na cabeça, que é a parte do vírus que está sempre mudando para escapar do nosso sistema imunológico.

A cabeça fica na haste, e acredita-se que a haste permanece sem mudanças com frequência relativamente constante entre uma variação e outra da gripe. Direcionar a vacina e a resposta imunológica do corpo à haste parece ser uma estratégia aparentemente lógica para criar uma vacina que forneceria ampla proteção.

Mas, ao contrário de suposições atuais, novas pesquisas mostram que a haste pode mudar, embora não seja tão facilmente ou frequentemente quanto a cabeça.

Pesquisadores usaram supercomputadores para analisar as sequências genéticas do vírus da gripe H1N1 humano em circulação desde 1918, e encontraram variações tanto na haste quanto na cabeça, embora a variabilidade fosse mais alta na região da cabeça.

No laboratório, juntaram o vírus H1N1 com anticorpos humanos — nossos soldados do sistema imunológico que lutam contra invasores externos. Não foi de se surpreender que a exposição repetitiva aos anticorpos causou muitas mutações na cabeça enquanto ela tentava escapar das garras do sistema imunológico. Mas houveram modificações na haste também, o que sugere que ela pode variar em resposta à pressão dos anticorpos.

“A boa notícia é que é muito mais difícil causar mudanças na haste, mas não é impossível,” diz David J. Topham, professor de microbiologia e imunologia no Centro Médico da Universidade de Rochester e autor do estudo na revista Scientific Reports.

“Uma vacina universal da gripe baseada na haste poderia fornecer proteção mais ampla que as usadas atualmente, mas as informações devem ser levadas em consideração antes que prossigamos com pesquisas e desenvolvimento.

É estimado que o vírus da gripe resulte em 1 bilhão de infecções, 3 a 5 milhões de casos graves e de 300.000 a 500.000 mortes anualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Vacinas atuais, que requerem que estudiosos selecionem as variações da gripe que acreditam que circularão em determinado ano, têm eficácia típica de 40% a 70% nos EUA, embora em alguns anos a proteção chegue a níveis tão baixos quanto 20%.

Fontes: Universidade de Rochester, Futurity

Texto traduzido por Cláudio Ribeiro.

Cientistas alegam que uma criança foi oficialmente "realmente curada" do HIV

Resumo:

Foi relatado que uma criança de nove anos de idade da África do Sul foi “realmente curada” do HIV, ao passo que sinais e sintomas da temida infecção não foram detectados desde que a criança recebeu tratamento após ter nascido, em 2007. Mas como essa criança foi curada?

Nove anos e contando

Na conferência da Sociedade Internacional da AIDS (IAS) em Paris, uma equipe de cientistas apresentou detalhes de um desenvolvimento notável que poderia melhorar o tratamento de HIV. O caso é de uma criança sulafricana de nove anos de idade que foi infectada pelo vírus ao nascer. Depois de receber uma rodada de tratamentos logo após seu nascimento, a criança permaneceu livre de quaisquer sintomas ou sinais ativos do vírus ameaçador sem tratamentos contínuos.

HIV, conhecido por afetar mais de 36,7 milhões de pessoas mundialmente, é um dos vírus mais mortais da atualidade — desde que foi descoberto, ele ceifou a vida de mais de 35 milhões de vítimas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Este caso da África do Sul, no entanto, é um vislumbre de esperança.

“Esse novo caso fortalece nossa esperança de que tratando crianças infectadas pelo HIV por um breve período no início da infância, podemos ser capazes de livrá-los do fardo de precisarem se tratar a vida inteira e das consequências de saúde de longo termo tipicamente associadas à ativação imune do HIV,” diz Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Alergênicas e Infecciosas (NIAID), ao The Guardian.

Entendendo e replicando

Embora os médicos relatem a detecção de uma pequena fração de células imunológicas que ainda contêm o vírus integrado a elas, o sistema imunológico da criança permanece saudável, e não há sinal de infecção pelo HIV.

A criança sulafricana foi parte de um teste financiado pelo NIAID em 2007 para tratar crianças com HIV. Cientistas e médicos, no entanto, ainda procuram entender como e por que o tratamento de 40 semanas (que também foi administrado a outras 142 crianças) funcionou para esta, cuja identidade permanece anônima.

“Não acreditamos que terapia antirretroviral pode levar à remissão sozinha,” diz Avy Violari, chefe de pesquisa pediátrica da Unidade de Pesquisa Perineal do HIV em Joanesburgo, à BBC. “Não sabemos realmente qual o motivo pelo qual esta criança chegou à remissão — acreditamos que seja a genética ou relacionado ao sistema imunológico.”

De toda forma, o mero fato de que algo assim é possível já é causa para esperança. Ao contrário de outros casos onde crianças supostamente curadas acabaram demonstrando HIV latente no sistema imunológico, este caso na África do Sul é o terceiro de uma criança “realmente curada.” Falando ao The Guardian, Caroline Tiemessen, do Instituto Nacional de Doenças Comunicáveis de Joanesburgo, diz: “Estudando mais profundamente essa criança, poderemos expandir nossa compreensão de como o sistema imunológico controla a replicação do HIV.”

Texto traduzido por Cláudio Ribeiro do site Futurism.