Descoberta científica de que vício em smartphones altera a química do cérebro

Resumo:

Muitos de nós têm dificuldade de ficar até mesmo algumas horas sem olhar para o celular ou acessar a internet. Agora, um estudo concluiu que o vício nesses tecnologias pode causar um desbalanço químico no cérebro.

A vida fora do equilíbrio: smartphones e etc.

Um estudo apresentado na reunião da Sociedade Radiológica da América do Norte de 2017 concluiu que jovens viciados no uso de celulares exibem um desequilíbrio na química do cérebro.

Um grupo de pesquisadores da Universidade da Coreia em Seoul conduziram o estudo, liderado pelo professor de neurorradiologia Hyung Suk Seo. Eles usaram espectroscopia de ressonância magnética para investigar a composição química de adolescentes que foram diagnosticados com um vídeo nos celulares ou na internet.

Dezenove jovens – nove homens e dez mulheres com a idade média de quinze anos e meio – foram comparados a pessoas saudáveis do mesmo gênero. Doze das pessoas no grupo receberam terapia comportamental cognitiva, baseada em um programa similar que ajuda pessoas viciadas em vídeogames.

Testes padronizados ajudaram os cientistas a determinar quão severo era o vício de cada um. Foram perguntados sobre como o uso do celular afetava suas atividades diárias, da vida social ao padrão do sono.

Os adolescentes viciados em celular e na internet tiveram pontuações mais altas em testes que analisavam a depressão, ansiedade, a severidade de insônia e a impulsividade. Estas pessoas passaram por exames de ressonância antes e depois da terapia comportamental, enquanto os pacientes saudáveis foram examinados para estabelecer uma base de controle.

O procedimento de ressonância foi feito para medir os níveis de ácido aminobutírico gama (GABA), um neurotransmissor que inibe ou retarda os sinais do cérebro, e glutamato-glutamina (Glx), que faz com que os neurônios fiquem mais eletricamente excitados. Foi determinado que a proporção do GABA em relação ao Glx em adolescentes viciados era significativamente mais alta antes da terapia do que o que foi registrado nos pacientes-controle.

Vício em tecnologia

Estatísticas publicadas pelo Centro de Pesquisa Pew indicam que 46% dos americanos alegam não poder viver sem seus celulares. Os jovens, em particular, são frequentemente acusados de estarem muito focados em seus dispositivos e em interações online – mas esse estudo pode sugerir que há um motivo médico para diminuir o uso. Há esperanças de que possa contribuir para o desenvolvimento de tratamentos voltados para essas questões.

“Os níveis mais altos de GABA e o equilíbrio perturbado entre GABA e glutamato no cortex cingulado anterior podem contribuir para nossa compreensão da patofisiologia e tratamento de vícios,” diz o Dr. Seo em um comunicado para a imprensa.

Muito GABA no cérebro tem sido relacionado a efeitos colaterais que incluem tonteira e ansiedade. O Dr. Seo acredita que esse desequilíbrio possa ter algo a ver com a perda de função em termos da habilidade da rede neural emocional e cognitiva de uma pessoa processar suas experiências.

A terapia comportamental utilizada no estudo certamente pareceu ter o efeito desejado. A proporção de GABA em relação ao Glx em pacientes sofrendo do vício foi reduzida substancialmente, ou até mesmo revertida a níveis normais nos exames de ressonância feitos após o tratamento.

Texto traduzido do site Futurism.

As leis da internet

Encontrei esse infográfico bem bacana passeando pelo Reddit e resolvi traduzir e compartilhar, pois as ideias traduzem muito para nosso universo online em português. E você, conhece mais alguma lei irrevogável da cultura da internet?

Melhores imagens do dia: 07/11

1. Deus sacana

2. Como usar um vestido de noiva depois da cerimônia

3. Enquanto isso, no recrutamento militar italiano…

4. Cuidado com os reflexos do que você faz na internet. Literalmente os reflexos; cuidado com eles.

5. O mais eficiente bloqueador de anúncios

6. Cão perdido.

7. “É picha? Eu adoro picha!”


8. Quem foi o gênio que aprovou isso?

9. Precisava partir as imagens? Meeesmo?

10. Em dúvida se chamo essas de a pior fantasia que já vi ou as melhores fantasias de todos os tempos.

A "Splinternet" pode ser o futuro da web

Tanto o The Economist quanto o WIRED estão preocupados sobre a “splinternet”. A organização de pesquisa britânica NESTA acredita que ela poderia “partir” a internet como a conhecemos.

O que é essa ideia de nome esquisito? É o conceito de que a experiência da internet de alguém na Turquia, por exemplo, esteja se tornando cada vez mais diferente da experiência na internet de alguém na Austrália.

Quem viaja para a China, especialmente, já está familiarizado com esse fenômeno. Graças ao controle rígido do governo, precisam usar o Baidu ao invés do Google para fazer pesquisas, e não conseguem acessar o Facebook ou sites de notícias como o The Economist e o New York Times.

Temos uma splinternet crescente por conta dos bloqueios regionais de conteúdo e a necessidade das empresas de obedecer decisões judiciais, políticas e regulamentos nacionais diversos e muitas vezes conflitantes.

A tensão fica especialmente aparente quando tratamos de sites como o Google, Facebook e Twitter. Estas plataformas têm usuários em quase todos os países, e governos estão cada vez mais insistindo que obedeçam a leis locais e normas culturais quando o assunto é acesso ao conteúdo.

A internet nunca foi realmente aberta

A ideia da internet como uma plataforma independente, global e desregulada sempre foi, de certa forma, ficção. Até mesmo no ápice da retórica tecnofuturista de que havia potencial de transcender fronteiras nacionais no fim dos anos 90, sempre houveram exceções.

O Partido Comunista Chinês entendeu desde o começo que a internet era simplesmente uma nova forma de mídia, e o controle da mídia era fundamental para a soberania e autoridade nacionais.

Mas a splinternet se refere a uma tendência mais ampla de usar leis e poderes regulatórios em jurisdições territoriais para definir limites nas atividades digitais.

Edward Snowden. Fonte da imagem: LeStudio1 – 2017/ Flickr Commons.

Um momento definitivo foram as revelações de Edward Snowden em 2013. Os documentos que ele compartilhou sugeriam que a Agência Nacional de Segurança dos EUA, através do programa PRISM, estava coletando informações de usuários de todo o mundo do Google, Facebook, Apple, Microsoft e Yahoo!.

Em países como o Brasil, cujos líderes tiveram suas comunicações interceptadas, isso acelerou movimentos que desenvolvessem o controle nacional da internet.

A lei do Marco Civil da Internet, por exemplo, agora requer que empresas multinacionais obedeçam leis brasileiras quanto à proteção de dados.

Isso é algo ruim?

Até agora, boa parte da atratividade da internet advém do fato de que ela é conduzida pelo conteúdo e preferências dos usuários, e não por governos.

Mas as pessoas estão prestando mais atenção aos discursos de ódio, abusos direcionados no meio online, extremismo, notícias falsas e outros aspectos tóxicos da cultura online. Mulheres, negros, seguidores de certas religiões e os LGBT são alvos em frequências desproporcionais.

Acadêmicos como Tarleton Gillespie e figuras públicas como Stephen Fry são parte de uma crescente rejeição à resposta típica de provedores: de que são “apenas empresas de tecnologia” – intermediários – e não podem se envolver diretamente na regulamentação de discursos.

Um relatório da Câmara de Provisões do Reino Unido sobre “crime de ódio e suas consequências violentas” apontou que:

…há uma grande quantidade de provas de que essas plataformas estão sendo usadas para espalhar ódio, abuso e extremismo. Esta onda continua a crescer em velocidade alarmante, mas continua não sendo verificada e, mesmo onde isso é ilegal, não há policiamento.

Se dizemos que o discurso de ódio “deveria ser policiado”, duas perguntas óbvias surgem: quem faria isso e qual seria o referencial?

Atualmente, o conteúdo de grandes plataformas é gerenciado em grande parte pelas próprias empresas. Os Arquivos do Facebook do The Guardian relevaram tanto a extensão quanto as limitações desta moderação.

Talvez vejamos os governos se tornando cada vez mais dispostos a entrar no jogo, fragmentando ainda mais a experiência dos usuários.

Fair play para todos

Há outras preocupações em jogo em relação à splinternet. Uma é a questão da equidade entre empresas de tecnologia e a mídia tradicional.

Marcas como Google, Apple, Facebook, Microsoft, Netflix e Amazon estão eclipsando os gigantes tradicionais da mídia, embora filmes, a televisão, jornais e revistas ainda sejam submetidos a níveis consideravelmente maiores de regulamentos específicos de um país e escrutínio público.

Por exemplo, empresas comerciais de televisão na Austrália devem obedecer regulamentos de produções nacionais e conteúdo infantil. Estes não se aplicam ao YouTube ou Netflix, apesar do público e comerciantes estarem migrando para estes provedores.

Está cada vez mais aparente aos desenvolvedores de políticas midiáticas que os regulamentos existentes não são significativos a não ser que se estendam ao espaço online.

Na Austrália, a Revisão de Convergência de 2012 procurou lidar com essa questão. Ela recomendou que os regulamentos midiáticos deveriam se aplicar a “Empresas de Serviço e Conteúdo” que alcançassem determinado tamanho ao invés de basear as regras na plataforma que contém o conteúdo.

Queremos uma Splinternet?

Podemos estar a caminho de uma splinternet, a não ser que novas regras globais possam ser definidas. Elas precisam combinar os benefícios da transparência com o desejo de garantir que plataformas online operem de acordo com o interesse público.

No entanto, se plataformas forem forçadas a navegar por uma complexa rede de leis e regulamentos nacionais, arriscamos perder a interconectividade da comunicação online.

O fardo de encontrar uma solução não sobra somente para os governos e reguladores, mas para as próprias plataformas.

Sua legitimidade, aos olhos dos usuários, está ligada ao que o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, chamou para os mercados de uma “licença social para operar.”

Embora Google, Facebook, Apple, Amazon, Netflix e outros operem de forma global, precisam estar cientes de que o público espera que sejam uma força pelos bens sociais locais.

Texto original traduzido da publicação do BusinessInsider.


Considerações do tradutor:

Além do conceito de Splinternet, é interessante que nós brasileiros levemos em consideração as barreiras linguísticas encontradas na internet. Já comentei em algum lugar do blog sobre isso anteriormente, mas é evidente a distância do conteúdo e do discurso em inglês da internet – considerada pela maior parte dos usuários como o ponto de encontro global da web – do que podemos encontrar no português. Mesmo dentro da internet lusófona, há distância e desencontro do conteúdo visto em Angola, Portugal e Brasil.

Assim sendo, a Splinternet já existe de forma diferenciada para a maior parte dos internautas brasileiros. A não-proficiência no inglês já impede muitos de nós de acessar informações científicas e da mídia ao redor do mundo, prejudicando publicações acadêmicas, desenvolvimento de discurso político e conhecimento sobre os acontecimentos e desenrolar de eventos ao redor do mundo.

Porcentagens de páginas online por idioma. Fonte da imagem: Unbabel.com

Protagonistas como Google e Babelfish contribuem para a maior convergência de espaços separados na internet, o que é importante para a difusão da informação e o debate além-fronteiras. Mas os algoritmos e habilidades desses protagonistas ainda não são suficientes para realmente suprirem esse desencontro.

Por conta disso, convido os leitores que ainda não sabem inglês ou mesmo o espanhol a não terem medo de se aventurar por notícias nestes idiomas, usarem os tradutores e procurarem saber como publicações ao redor do planeta se referem a nós e ao mundo, para assim criarem uma opinião pessoal mais ampla e definida.

A porta da frente da internet: já ouviu falar do Reddit?

Se você nasceu nos anos 90, provavelmente passou boa parte do seu tempo online em fóruns de discussão sobre os mais diversos assuntos de que gostava. Havia o Grimmauld Place, um fórum brasileiro enorme sobre Harry Potter, os fóruns de Jogos do portal UOL que até hoje veem certo movimento, entre outros milhares de temas. Com o tempo, os fóruns foram perdendo um pouco a popularidade e as pessoas passaram a consumir e discutir mais pelo Facebook, usando dos grupos do site e das páginas.

No entanto, fora do Brasil existe um site que incorporou a magia dos fóruns e a adaptou para um consumo mais rápido e ordenado, de acordo com o caminho por onde caminhou a internet. Este site se chama Reddit.

PS: Caso você não saiba inglês, a lista de subreddits em português encontrados está no final do post!

Temas infinitos

No Reddit, praticamente tudo que você imaginar provavelmente já tem um subreddit. Assim são chamados os subgrupos que agrupam os interesses dos usuários, que reúnem textos, imagens, vídeos e animações sobre o interesse em questão. Há um subreddit para cachorros, para músicas, marcas, jogos, seriados. Você pode passar o dia conversando com outras pessoas sobre os episódios dos Simpsons ou comentar notícias de vários lugares diferentes do mundo no /r/worldnews.

Alcance impressionante

Agora você já deve estar entendendo melhor o que o site faz, mas também deve estar se perguntando o porquê do Reddit ser considerado a porta de entrada na internet. Bem, isso se dá graças à possibilidade de qualquer usuário criar seu subreddit. Por exemplo, se você gostaria de conversar com outras pessoas de Belo Horizonte sobre a cidade, compartilhar uma foto bonita que tirou da praça, reclamar de uma obra ou marcar um encontro com outras pessoas que usam o site, mas descobre que não existe um subreddit para BH, basta criar um. Isso deu espaço para que pessoas do mundo inteiro pudessem compartilhar dos menores aos maiores interesses, e deu completa abertura para a criatividade dos mesmos de encontrar interesses diferentes que unem pessoas com gostos parecidos.

A possibilidade de ser o próprio criador de uma comunidade, a versatilidade de mídia permitida e a variedade das criações dos usuários foi atraindo cada vez mais pessoas para as discussões do site, o que tornou sua visibilidade gigantesca. Qualquer meme, vídeo ou conteúdo que você vê sendo postado no Facebook provavelmente apareceu primeiro no Reddit. Por isso todos que querem as novidades fresquinhas, sejam elas o último vídeo engraçado ou a última notícia sobre a Síria, acabam conferindo o que está rolando por lá. Para juntar todos os interesses e fazer um ranking dinâmico das coisas populares na internet atualmente, o site criou o subreddit /r/all, que mistura tudo. Mas se você for um usuário, pode se tornar seguidor de cada subreddit e, assim, ir criando uma lista pessoal que vai unir todos os subgrupos em uma só timeline. Sim, como o Facebook. Só que, ao invés de também ter coisas que não te interessam e que você não quer ver, a timeline do Reddit te faz um periódico especialmente para o que você resolveu seguir. E ao invés do conteúdo ser limitado a seus amigos, está aberto para todas as pessoas que também seguem e postam no subreddit em questão.

Assim, o Reddit passa a ser muito mais amplo do que qualquer outra rede social, permitindo novamente na internet atual que tenhamos interações com desconhecidos e possamos nos aproximar deles a partir de coisas em comum.

De tudo MESMO

Não são só subreddits com assuntos tranquilos que existem, mas vocês já devem ter imaginado isso quando ficaram sabendo que qualquer um pode fazer a sua criação. No sub /r/ladybonersgonewild, por exemplo, homens podem publicar nudes de si mesmos para que as mulheres e homens gays do site comentem suas opiniões, ao passo que o /r/watchpeopledie mostra aos seguidores vídeos pelo mundo inteiro de pessoas morrendo das mais variadas formas. Há também o /r/letsnotmeet, com histórias macabras de encontros com pessoas tenebrosas na vida real que aconteceram com os outros redditors, nome dado aos usuários do site.

Onde há liberdade, há polêmica

Com a possibilidade de tudo ser discutido em seu nicho, o Reddit abriu espaço para alguns casos inusitados e outros vergonhosos. O extinto subreddit chamado /r/coontown mostrava pessoas negras agindo de forma inconsequente ou fazendo algo que seria considerado burrice, e os usuários caçoavam e eram abertamente racistas. Outro que seguia o mesmo estilo era o /r/fatpeoplehate, que mostrava exemplos de por que os gordos eram um problema, preguiçosos entre outras acusações e zoações. O Reddit teve que tomar atitude e vetar certos discursos e congregações, o que resultou em muitos usuários preocupados com a liberdade de expressão, assim como os próprios preconceitusos, a migrarem para o site clone chamado Voat.

Entre acusar erroneamente uma pessoa de ser o responsável pela bomba da corrida de Boston e receber acusações de beneficiar certos moderadores e subreddits mais influentes (o /r/politics, por exemplo, tem mais de 3 milhões de redditors), o Reddit já passou por várias situações complicadas.

Após extensa investigação por vários usuários do Reddit, Sunil Tripathi foi indicado como o autor do ataque terrorista em Boston. Descobriu-se posteriormente que ele havia desaparecido e estava morto, e as acusações causaram muitos problemas e tristeza para a família do garoto.

Onde há união, há esperança

O Reddit se tornou também um espaço onde as pessoas podem se proteger e se unir, e muitas minorias usam a plataforma para fazer novos amigos, discutir a situação da sociedade, criar movimentos ou simplesmente se divertir. Há o /r/MensLib, subreddit voltado a discutir de forma igualitária as questões, problemas e situações masculinas e também há o /r/TwoXChromosomes, para mulheres e assuntos femininos em geral. Um dos maiores grupos para homossexuais é o /r/gaybros, mas se você quiser falar com todo mundo da classe, também tem o /r/lgbt. Existem também subreddits de países (sim, inclusive o /r/brasil!) e também de regiões, como o /r/europe.

Por que nunca ouvi falar nesse site?

Apesar do Reddit contar com mais de 250 milhões de contas (70 milhões delas ativas), ter mais de 50 mil comunidades vivas e acima de 8 bilhões de visualizações de página por mês, não temos muita notícia do Reddit no Brasil. O motivo se dá pela maior parte do conteúdo do site estar em inglês, idioma dominado pelos que mais frequentam o site, americanos. Vê-se nos fóruns de discussão muitos usuários europeus por mais deles falarem inglês, e infelizmente a presença brasileira acaba sendo menor pela barreira linguística. Os últimos anos, no entanto, têm visto um crescimento cada vez maior de redditors brasileiros e tópicos em português.

Pontuando o conteúdo

Para que as melhores informações e conteúdo sobre cada assunto sejam mais facilmente acessados e vistos, o Reddit conta com um sistema de pontuação que se chama karma. A partir de upvotes (votos para cima) e downvotes (votos para baixo), os usuários têm o poder de pontuar positiva ou negativamente tanto os links e textos publicados por outros redditors como também os comentários das discussões. Isso tem o poder de dar destaque ou enterrar algo postado, o que permite que a própria comunidade controle a qualidade de si e qual a forma que irão conduzir as discussões acerca do assunto. Grandes subreddits acabam sendo mais difíceis para se conseguir uma postagem no alto, ao passo que os downvotes ajudam a impedir que coisas irrelevantes, comentários rudes ou fora de tópico não tomem espaço dos leitores.

Projetos interessantes

Além de todo esse universo de conteúdo e subgrupos, alguns projetos interessantíssimos também surgem a partir do Reddit. Já há muitos anos o site promove um amigo oculto global através do site RedditGifts, e os usuários que participam podem compartilhar os presentes que ganharam e deixar agradecimentos a partir do subreddit /r/SecretSanta, com o nome do jogo. Já participei, enviando um presente para uma mulher dos EUA e um rapaz da Suécia, e gosto de participar todos os anos!

Em 2017, também, no dia 1 de Abril como uma piada o site abriu o /r/place, um subreddit onde cada usuário podia pintar um pixel de um mural de 1000×1000 pixels com a cor que quisesse a cada cinco minutos. Em pouco tempo milhões de pessoas no mundo inteiro juntaram-se para tentar fazer suas imagens e mostrar seus interesses e bandeiras no mural, resultando em uma peça incrível com expressões de vários lugares do mundo. Tem até uma bandeirinha do Brasil!

E em português?

Como dito mais cedo, muito do Reddit não é acessado por brasileiros por muitos não saberem o inglês. Infelizmente muito do conteúdo acaba sendo perdido por não se dominar o idioma. No entanto, com o aumento do acesso no Brasil e mais interesse dos internautas, a comunidade brasileira e em português vem crescendo. Com um maior número de usuários lusófonos e mais pessoas para discutirem diversos assuntos, esses subreddits tendem a crescer tanto em tamanho quanto em variedade. Abaixo, uma lista de vários dos subreddits em existência onde a língua falada é o português.


E então, o que achou? Sente falta, assim como eu, de quando a internet tinha lugares para conhecermos coisas novas? A timeline do seu Facebook está começando a enjoar ou ficar repetitiva, ou você gostaria de ouvir novas opiniões? Sente falta de conversar sobre algo que você gosta muito, mas não tem tantos amigos que gostem também? Talvez você encontre um pouco de diversão e um novo universo de pessoas e aprendizados com o Reddit!

Traffic Shaping: entenda o que é, como te afeta, e por que é importante reclamar e denunciar para nossa internet ser MELHOR

Já reparou que às vezes, dependendo do horário do dia, sua internet começa a ficar mais lenta ou simplesmente cai e leva umas duas horas para voltar? Percebeu que tem alguns aplicativos no seu celular que carregam as coisas mais rápido do que outros? Tem uma janela diária onde sua internet simplesmente deixa de funcionar, bem naqueles horários que provavelmente pouca gente está usando (ou seja, a lógica deveria ser ela ficar melhor)? Isso tem um nome: traffic shaping, ou para nós tupiniquins, modulação de tráfego.

A lógica é simples: se uma avenida está muito congestionada e você é um controlador de semáforos, basta fechar os sinais das vias que alimentam a avenida por mais tempo do que o comum. Os carros vão fluir e você pode abrir o sinal de novo para mais gente entrar. Aos poucos, todo mundo passa. Mas não deveria ser rápido pra todo mundo? Por que não ampliar a avenida? Fica caro. Mas não é função da cidade prover aos seus moradores de forma adequada? É. Mas o que eles fazem? Fecham os sinais por mais tempo. O traffic shaping não fica longe disso. É bem a mesma coisa, na verdade.

Grandes casos comuns da internet brasileira a que todos estamos acostumados. Mas hoje as coisas estão ficando mais inteligentes e sorrateiras, e algumas empresas começaram a diminuir a velocidade de determinados aplicativos fechando vias específicas. Foi o caso do WhatsApp sendo bloqueado tão facilmente pelas operadoras. E é o caso atual, que está chegando ao conhecimento geral, da GVT, que reduz a velocidade de acesso a alguns aplicativos que demandam muita banda, como o Snapchat.

Ok, entendi o que é Traffic Shaping. Mas o que posso fazer sobre isso?

Se você perceber que sua internet está abaixo da velocidade contratada (use o SpeedTest para descobrir, é bem fácil), que ela cai ou fica mais lenta em determinadas horas do dia religiosamente, que alguns aplicativos estão mais lentos do que deveriam ser, ou mesmo que tenham janelas de uso (como aconteceu comigo usando a NET Virtua no Maranhão), é hora de ligar reclamando. E é reclamar de quebrar o pau. Não adianta discutir. Vão te dizer que estão tendo manutenções, vão te dizer que sua rede está comprometida, vão te dizer que é normal porque a infraestrutura está passando por melhoras, eles têm infinitas desculpas. Mas se, a qualquer momento, você disser “Então vou para outra provedora se cair de novo, ok?” o milagre acontece: tudo melhora por um certo tempo.

Mas gente, é por certo tempo mesmo. Todas as suas reclamações vão funcionar se forem enfáticas porque essas desculpas são mentira. Eles estão limitando sua banda para poder vender mais acessos sem ampliar a infraestrutura. Estão limitando sua banda para fornecer mais àqueles que têm velocidades superiores à sua. É só isso. Capacidade de fornecer (e de melhorar a porcaria da rede deles com os lucros exorbitantes que ganham sendo das empresas mais caras do mundo de internet) eles têm.

O lance é não esquecer. Porque se a gente esquecer desse assunto, vai acontecer com você de novo. Em uns três, seis meses, tudo vai começar a ficar ruim outra vez porque acham que cliente é bobo, ou que não percebe. E o perigo está aí: realmente a maior parte das pessoas usa pouco a internet e não percebe, ou não se importa com os empecilhos eventuais.

Reclamem sempre (recomendo o ReclameAqui e, principalmente, ligar para a provedora que você usa) e peçam suas velocidades reais, assim a pressão em cima deles vai aumentar e essa prática (ilegal, por sinal) do traffic shaping pode vir a ficar menos comum entre as empresas brasileiras. Por enquanto é o hobby preferido delas.

Em cima do muro

Este post é uma música transformada em texto.

Em algum lugar no seu guardarroupa, eu posso apostar que existe uma camisa com a silhueta do Che Guevara. Ele era um revolucionário, é, usava um chapéu bacana, mas por trás do design, acho que você vai acabar percebendo que não é tão simples. Che era meio homofóbico. Um pouquinho homofóbico. É, o Che era meio homofóbico.

Esse texto existe em defesa do muro, uma ode à ambivalência. Quanto mais você sabe, mais complicado é decidir de que lado ficar. Não importa muito se você não consegue descobrir onde a grama é mais verde, é capaz que em nenhum lugar. E, de toda forma, é mais fácil ver a diferença quando você fica em cima do muro.

Em algum lugar na sua casa, eu posso apostar que existe uma foto daquele hippy sorridente do Tibete – o Dalai Lama. Ele é um cara engraçado, amável, claro, cheio de citações e clipes, mas não vamos esquecer que lá no Tibete, aqueles monges interessantes costumavam ferrar com os pobres. Pois é. E a linha budista sobre nossas vidas futuras ilustram uma forma perfeita de impedir os fracos de subir enquanto ele diz que os pobres viverão de novo. Mas agora ele é rico, para ele é fácil falar.

Dividimos o mundo entre terroristas e heróis, normais e os esquisitos, os bons e pedófilos, em coisas que dão câncer, coisas que curam câncer e coisas que não causam câncer, mas que provavelmente vão causar no futuro. Dividimos o mundo para pararmos de sentir medo, entre o certo e o errado, entre o preto e o branco, entre homens de verdade e bichinhas, status quo e miséria. Queremos o mundo binário, bem binário. Mas não é tão simples.

Seu cachorro tem uma emissão de CO² maior do que um carro 4×4. Seu filho também. Talvez você deva trocá-lo por um carro elétrico, que tal?

Dividimos o mundo entre liberais e aficionados em armas, entre ateus e fanáticos, sóbrios e drogados, químico e natural, fictício e fatual, ciência e o supernatural, mas é claro que nada é tão preto e branco. Dividimos o mundo para não sentir medo.

Quanto mais você sabe, mais difícil fica decidir o que é certo, e no final não importa se dá para ver qual grama é mais verde. Provavelmente não é nenhuma.

Não é tão simples.

Essa frustração… Se você ler as notícias dos tabloides, se cometer um erro e acabar lendo algo no topo ou no meio da capa de um jornal, se ler os tabloides, ou as páginas críticas, ou os comentários de qualquer site, será fácil ficar convencido de que a raça humana está em uma missão de dividir as coisas em duas colunas muito bem separadas.
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É um preto no branco muito invasivo, tudo tem que ser do bem ou do mal, saudável ou letal, natural ou químico, sabe? As tropas no Iraque são boas, pedófilos são do mal, ignorando o fato de que alguns soldados gostam de crianças e de que alguns pedófilos têm armas, e… Sabe, se comer essa fruta ou tomar esse suco, você será milagrosamente saudável e viverá para sempre! Mas se ingerir essa toxina ou tomar essa vacina, vai ter câncer e morrerá! Ou será autista e não gostará de receber abraços.
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E então, se tudo orgânico e natural é bom, ignorando o fato de que substâncias orgânicas naturais incluem ácido, cocô e crocodilos, e se tudo químico é do mal, ignorando o fato de que  tudo é químico… TUDO É QUÍMICO!
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O dia em descobrirem que tapetes de ioga são carcinogênicos vai ser o dia mais feliz da minha vida. Enfim, ao invés de ficar me irritando com isso, me senti inspirado por Bono e a forma que ele usou o Pop para atacar a pobreza e, bem… Foi um sucesso total. Imaginei que pudesse ter uma música num estilo Pop explosivo também, e sobre esse muro […] e ela é chamada “The Fence.”

Duas boas formas de evitar SPAM

Em um mundo onde até nossas avós já estão usando a internet para tornar o mundo melhor e se divertir, um dos maiores males – e dos mais irritantes – sempre foi o maldito do SPAM no e-mail. Não adianta; tentamos, tentamos e tentamos, mas não tem como fugir para sempre. Lembro de quando criei meu GMail e a caixa de SPAM dizia “Oba! Não tem spam aqui.” Não durou nem uma semana.

Para cada cadastro que você faz em sistemas de comentários, sites de redes sociais, empresas, newsletters e todo o mundo de informação que existe na internet, alguns desses lugares provavelmente vão receber uma proposta muito boa de vender os e-mails para outras empresas. É interessante para eles, porque tudo isso fica gravado e vale uma nota para empresas online de publicidade.

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Então, o que fazer?

A primeira solução, das mais óbvias, é ter duas contas de e-mail. Não, calma, você não vai ter que supervisionar as duas. Quando você precisar enviar seu e-mail para colegas de trabalho, currículos para parar de procrastinar, colegas de faculdade etc., você pode usar o seu e-mail pessoal. Ele fica bem restrito para quem você conhece, e por vias confiáveis. É só seu. O outro e-mail você cria com outro nome de usuário em outro sistema. No meu caso, por exemplo, criei um @live.com para meus cadastros e tenho o @gmail.com para conversas pessoais. Não adiantou tanto assim porque só tive a ideia depois, mas por sorte o GMail já é, por si só, bem capaz de filtrar a maioria dos e-mails indesejados.

Também pelo GMail, é possível criar duas contas no serviço e delegar uma à outra. Isso significa que, ao clicar na sua foto de perfil, você pode passear entre uma caixa de entrada e outra com facilidade. Há várias explicações de como fazer isso pela internet.

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Beleza, então vamos supor que você também já cadastrou seu e-mail em metade da internet e que agora não tem mais jeito, como o que aconteceu comigo. A segunda grande dica para evitar mais SPAM no futuro é puramente preventiva. Ela usa o sistema de pseudônimos no seu e-mail, algo que eu não sabia que existia até uma semana atrás. Basicamente, se você se cadastrar em um site, vamos supor, de um banco, na hora de colocar seu e-mail pode usar “meu.usuário+bancofeliz@gmail.com”. Todos os e-mails que você receber do banco em questão chegarão normalmente, mas o seu pseudônimo, depois do “+”, estará indicado.

Como usar o pseudônimo ajuda, então? Bom, pode ser que seus cadastros não sejam só desse banco, ou que o banco acabe vendendo seu e-mail pra empresas publicitárias. O que vai acontecer é que todos os SPAMs que você receber provenientes dessa venda serão identificados pelo seu pseudônimo. Sendo assim, se você se cadastrou em uma loja de brinquedos com o e-mail “meu.usuário+brinquedosfelizes@gmail.com” e eles aproveitaram para vender, ao receber um e-mail oferecendo um iPhone de presente se responder a algumas pesquisas, você vai ver o “+brinquedosfelizes” no destinatário. Com isso, você pode reclamar na fonte e também separar todos os e-mails com o pseudônimo automaticamente (você vai entender como mais abaixo).

Existem limitações, é claro: até onde eu sei, o esquema dos pseudônimos dessa forma só funciona no GMail (veja a possibilidade de fazer algo parecido no Hotmail no fim do post). Como outros provedores de e-mail têm estado bem avançados, como o da Microsoft, não duvido que o serviço esteja disponível na concorrência. Vale pesquisar para saber. Além disso, muitas dessas empresas espertinhas já entenderam o esquema do +pseudônimo, então começaram a excluir isso para se esconder. Mesmo assim, a ideia continua tendo uma certa eficiência.

Aumente seu Penis

Sugestão bônus: se você, como eu, se irrita mais com o número de e-mails não lidos na caixa de SPAM do que com o próprio SPAM que recebe, já criaram uma solução. Uso há bastante tempo e isso me salvou de muito estresse causado pelo TOC de nunca querer ter os numerozinhos entre parêntesis – vai dizer que não te irrita ficar vendo aquele “SPAM (6929)”? – Isso também serve para filtrar pseudônimos vendidos.

No GMail, é só fazer assim:

  1. Vá às suas configurações (no tema mais recente, é uma engrenagem que fica à direita, logo abaixo da sua foto de perfil;
  2. Clique em Filtros (Filters, em inglês);
  3. Clique em Criar novo filtro (Create new filter). O GMail vai abrir o campo de busca;
  4. Em Tem as palavras (Has the words), escreva in:spam (ou o pseudônimo que você quer bloquear: +exemplo). Uma nova opção vai surgir no final, Criar filtro com esta pesquisa (Create filter with this search). Clique nela;
  5. Um aviso vai te advertir que isso não é recomendado, pois esses e-mails nunca vão aparecer como os não-lidos. Ótimo, é isso que você quer. Dê OK;
  6. Aqui, você pode escolher duas coisas diferentes. Se você deixar selecionado o Marcar como lido (Mark as read), todos os e-mails que chegarem na pasta de SPAM serão marcados dessa forma e não vão te incomodar. Se você marcar Apagar (Delete it), eles serão automaticamente apagados da sua caixa. Eu preferi a primeira opção, porque de vez em quando é bom dar uma olhada para ver se nada de importante foi direto para a caixa de SPAM. Depois de fazer sua escolha, clique em Criar filtro (Create filter).
  7. Se você está filtrando um pseudônimo que você usou para se cadastrar em algum site (ou grupo de sites), sua única opção é marcar o Apagar (Delete it). Se você usar o Marcar como lido (Mark as read), ele não contará no número de novos e-mails, mas continuará na sua caixa de entrada.

Pronto! Agora sua caixa de SPAM nunca mais vai dar dor de cabeça. É uma bobagem, mas sei que existem muitas pessoas como eu que não aguentam aqueles números aumentando sem serem atendidos. Gosto de manter minha caixa de entrada sempre limpa, e a sensação de coisas-a-resolver me irrita bastante.

Atualização: o Hotmail (Outlook, live.com) oferece o sistema de pseudônimos de uma forma diferente. Ele permite que você crie múltiplos endereços para uma única caixa de entrada, o que te permite deixar tipos diferentes de e-mails (trabalho, estudos, compras online) em locais separados, podendo assim eliminar o indesejável. Não sei como fazer isso porque não utilizo muito o serviço, mas vale tentar.

email-alias-hotmail

Espero que tenham gostado das dicas, e se tiverem mais técnicas para se livrar/proteger/evitar SPAM, deixem nos comentários!

10 tirinhas online para você procrastinar

De vez em quando a gente fica sem opção na internet. Temos nossos favoritos, as redes sociais, os fóruns, os vídeos e as notícias. Só que de vez em quando cansa, e muitas vezes o que a gente gosta de visitar não tem atualização. Nesses momentos, especialmente quando você não tem mais nada para fazer, é muito bom procurar coisas que vão te fazer rir, se interessar e passar o tempo. Só para descontrair. Para ajudar seus momentos de tédio e procrastinação, aqui estão 10 tirinhas nacionais que vão fazer o tempo passar sem que você perceba – e mais 5 em inglês.

1) Mentirinhas

Todo mundo adora contar uma mentirinha aqui e outra lá. Acho que daí que partiu a ideia do nome para o tal do sr. Coala. São tirinhas leves, muitas delas ensinando lições de convívio social e na internet, com uma dose de reflexão toda semana que, segundo o pessoal que faz os comentários repetitivos, causam lágrimas graças a ninjas invisíveis que curtem cortar cebola. Vai entender. Mas as tirinhas são muito boas.

mentirinhas

2) Dr. Pepper

Uma das primeiras tirinhas brasileiras online, o Dr. Pepper já tem uma tradição de sempre ter a ver com pênis e sexo. Piadas sujas, humor negro e alguns acidentes sangrentos. A inspiração veio das tirinhas americanas Cyanide & Happiness (que constarão nessa lista mais abaixo), só que com um pouco menos de criatividade e um pouco mais de sexualidade. Dá para passar o tempo. E uma ideia ótima do criador, que são os votos para cada tirinha publicada, te fazem querer ler mais para poder dar o seu pitaco.

drpepper

3) Caixa do Remédios

Um estilo de desenho no mínimo diferente. É difícil explicar o tanto que o Remédios é bom. Todas as tirinhas são engraçadas, algumas com críticas complexas e bem pensadas. Há cutucadas na interação do pessoal nas redes sociais, piadas sem a menor noção e o misterioso “etc”. Sério, é muito difícil explicar. Eu não sei mais o que dizer. Só sei dizer que vale muito a pena.

remédios

4) Um Sábado Qualquer

O protagonista: Deus. Não preciso dizer mais nada.

sabadoqualquer

5) Armandinho

Armandinho é a Mafalda do Brasil. Com certeza você já viu seu cabelo azul pelo Facebook, de onde o autor tem publicado suas últimas produções. Tinha até um blog antes, mas deixou de ser atualizado. O melhor é ir lendo pelo Facebook, mesmo.

armandinho

6) Malvados

Nem tão conhecidas, as tirinhas do Malvados continuam tendo o humor gostoso que a gente costumava acompanhar nos jornais impressos. Não tem muito uma categoria, fora situações mundanas, pensamentos comuns e resoluções divertidas. Dica: no site, para ler as tirinhas anteriores, é só ir clicando no link “tirinha de ontem“.

malvados

7) Allan Sieber

Nada mais gostoso do que críticas da nossa sociedade, né? Pois é. O Allan tem um jeito com isso. Cada historinha que você lê tem um pouquinho a ver com você, e se não tiver, pelo menos tem com a situação do Brasil – ou com sua cultura. A reação de cada leitura é aquela que você já conhece; “hahahahha, é assim mesmo!”

allansieber

8) Angeli

Esse é famoso, esse você já conhece. Um dos melhores cartunistas do momento, parte de jornais e com criatividade inesgotável. Só de ler “Angeli” você já tem aquela sensação gostosa de que aquilo é bom. Então, já que você não sabia, eu ofereço o link para você favoritar e perder suas tardes, bem, fazendo o que há de melhor: nada.

angeli

9) De(ath)sign

As tirinhas do Marcos descrevem sua saga de designer destemperado. Todos os problemas da profissão são contados com um toque de humor e frustração. Clientes insatisfeitos, palpiteiros, desinformados, bregas, pidões, irritantes, boçais. O relacionamento com os colegas, o chefe e os amigos em mais uma empresa de São Paulo, como tantas outras, embora inegavelmente parecidas. Se você pensa em fazer design, essa tirinha é indispensável. Se não pensa, bom, também vale a pena ir lá para rir da desgraça deles.

deathsign

10) Willtirando

Embora seja mais do mesmo, vem de outro autor. Críticas à sociedade, piadinhas sobre o cotidiano. Posso parecer desmotivado na descrição, mas realmente vale a pena dar uma lida e rir de si mesmo. Ou fazer considerações sobre as próprias atitudes.

willtirando

1) Cyanide & Happiness

Este é, definitivamente, meu site preferido para tirinhas em inglês. Nada bate o humor aleatório e às vezes criminoso desse grupo de amigos que fazem as mesmas tirinhas com os mesmos bonequinhos há anos. É uma fórmula infalível, um humor saboroso que nunca vai deixar de atrair o pessoal que acessa. Eles são uma lenda da internet e eu temo que nunca deixarão de ser, a não ser que desistam em algum ponto. Ultimamente, até vídeos com histórias curtas têm saído, e acabam sendo tão hilárias quanto as tirinhas irreverentes.

cyanide

2) The Oatmeal

As tirinhas americanas evoluíram para outro tipo de redação, descrição e uso gráfico que fez as próprias tirinhas deixarem de ser tirinhas. O Oatmeal é o primeiro exemplo disso acontecendo nessa lista, mas o número 3 também vai ser. Acompanhe a história pessoal do autor enquanto ele usa de imagens e humor para contá-la. Duas coisas são certas: você vai se relacionar com as histórias que ele tem para contar, e vai morrer de rir enquanto isso.

oatmeal

3) Hyperbole & a Half

Simplesmente a melhor história de vida da internet. Ally é a autora, e ela compartilhou com seus fãs praticamente tudo que foi engraçado e transformador em sua vida, inclusive um recente período de depressão que a debilitou e impediu de escrever. Suas imagens viraram memes, suas histórias são parte da cultura da internet e sua forma de se expressar influenciou a todos. Infelizmente, as atualizações não vêm com tanta frequência. Ainda assim, com histórias incríveis e muito conteúdo, dá para você passar um dia inteiro, ou dois, ou três, conhecendo essa garota incrível.

hyperbole

4) xkcd

O nome é propositalmente esse monte de letras disconexas porque no inglês é impossível criar uma pronúncia. No português, o máximo possível seria um “schcácd“. Cultura nerd, matemática, gráficos, física e ciências vêm todos misturados em um humor saboroso e situações sociais das quais nenhum de nós escapa. Embora algumas tirinhas te façam querer passar direto graças à completa estupefação e incompreensão das piadinhas de nicho, a maioria das histórias são tocantes e engraçadas. Quer dizer, todas seriam, mas meu forte nunca foi exatas.

xkcd

5) Dr. Cat M.d.

Parece que você está lendo um gibi. A cada semana, mais um trecho da história de um médico que, por um motivo ou outro, é um gato. E todas as confusões de gatos vêm incluídas quando um felino tenta operar em seres humanos, comete erros cirúrgicos ou acaba perdendo tempo demais brincando com uma ferramenta da mesa de operação. O humor é mais leve, mas os personagens apaixonam e você vai sempre querer saber qual é a próxima que o protagonista vai aprontar com seus pacientes. Recomendo começar da primeira parte (abaixo), pois é tudo procedural.

drcat

 

Espero que tenham gostado da seleção, caso contrário, briguem comigo nos comentários dizendo o por quê, ou o que eu deveria ter selecionado que foi um absurdo não ter aparecido. 😉

A biblioteca da internet

Não estou falando da Wikipédia, mas de uma verdadeira biblioteca. O Wayback Machine, ou Web Archive, é um site incrível que te permite matar as saudades de sites que fecharam, alguns de seus blogs antigos, layouts velhos e muito mais coisas que já passaram pela internet. Não dá para baixar nada, mas dá para ver. E se tem aquela coisa que você queria ver de novo naquele fórum que deixou de existir, pode ser que esteja lá.

uoldec231996
Portal UOL em 23 de Dezembro de 1996, formatado para monitores que usavam a resolução 640×480. Parece que as coisas mudaram pouco, né? Aí a gente se depara com isso.

Mais que para agradar a nostalgia que todos temos dentro de nós, lembrar como alguns sites eram e saciar a curiosidade de descobrir há quanto alguns existem, o Arquivo da Internet, como seria chamado em português, também tem grande utilidade acadêmica. A evolução da internet por meio do site é completamente visível e acessível, já que todos os grandes sites, com ao menos um número razoável de acessos, estão catalogados por diferentes datas. E não são poucos: eu já encontrei um dos meus blogs por lá, mesmo que só uma data tenha sido registrada.

Não consigo nem imaginar o espaço que isso tudo deve ocupar. O UOL, por exemplo, tem registros frequentes que datam de 1996 até hoje. Você consegue ver, ano a ano, mês por mês, como o portal foi crescendo até se tornar o que é hoje. E o Yahoo!? E o Google? Estão todos lá. É inacreditável ver como tudo evoluiu.

Cadê, o queridinho das buscas brasileiras muito antes da gente resolver começar a usar o Google.
Cadê, o queridinho das buscas brasileiras muito antes da gente resolver começar a usar o Google.

Para procrastinar, matar a saudade ou brincar de explorador, o Web Archive serve. Cuidado para não perder a tarde relembrando as duas últimas décadas, no entanto! 20 anos já são muita coisa de internet, e olha que ela nem começou em 1993.